quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Mais Velha...

Tenho agido de maneira piegas nos dias mais recentes. Talvez seja a idade chegando... que péssimo! Resmungar feito uma pessoa rançosa com muitas décadas nas costas e em todas as outras partes do corpo...
Fazendo uma limpeza, daquelas típicas de início de ano quando você joga coisas fora, encontrei um bilhete que ganhei de uma amiga no meu aniversário de 20 anos. É um susto pensar que isso foi há seis anos, mas foi muito compensador, encontrar aquelas palavras tão doces, num pedacinho de papel, que me deixou tão alegre. Poucas palavras de carinho me fizeram lembrar como já fui bonita. E não é por questões de passagem de tempo na aparência que digo isso, mas sim pelo meu comportamento. Nessas palavras, minha querida amiga me desejou bençãos divinas, mas não só isso, desejou que a luz que havia em mim continuasse a brilhar sempre, alegrando as pessoas em minha volta. (Aliás, obrigada Nauana. Sinto saudades de você.) Fiquei feliz pelo bilhete, do qual já nem me lembrava mais, mas aquilo fez eu me perguntar o quanto mudei nesses 6 anos... Acho que me tornei mais amarga e melancólica... As vezes, tenho desejos de ser aquela pessoa mais alegre e contagiante que já fui um dia, mas não encontro uma maneira..
Bem, ainda no clima de questões existencias, e comportamento piegas, outro dia fiz uma busca de horas, no Orkut, atrás de pessoas que foram minhas amigas, ou com as quais estudei ou tive contato, quando ainda morava no Rio Grande do Sul. Fiquei surpresa coma a aparência e o destino de algumas pessoas, mas o que mais me impressionou, foi o fato de eu mesma esquecer completamente o nome de algumas pessoas...!
Umas das pessoas que procurei para ver como estava depois de tanto tempo, for por causa de nostalgia mesmo... acho que foi a proximidade com meu aniversário, e o medo da frustração com o mesmo que me trouxeram este tipo de lembrança.
Ela, a Nathália, foi minha melhor amiga de infância. Convivemos durante a maior parte dos anos que morei em Marau (RS). Nos conhecemos quando eu tinha 9 anos, e desde então nos tornamos inseparáveis. Morávamos na mesma rua, quase de frente uma para a outra. Vivemos muitas coisas juntas e partilhamos vários segredos, até o dia em que uma prima meio que "roubou " minha amiga. Alguns incidentes depois, envolvendo interceptação de bilhetes (delas) e invasão de privacidade (a minha, no caso), acabaram com nossa amizade... (ah, estou dando muitos rodeios hoje!). Enfim, lembrei do último aniversário meu, em que ela me visitou.Eu completava treze anos, e me sentia triste e sozinha, porque tinha poucos amigos e queria celebrar, e estava sozinha. Pedi um bolo para minha mãe, e fiz alguns doces, na esperança de que alguém viesse me visitar. Não lembro muito bem daquele dia, mas me lembro de ter recebido a visita rápida de minha amiga, que parecia não ligar muito pra mim naquele dia, e já demonstrava sinais de que minha companhia não a empolgava mais...
Nessa história de comportamento piegas desses dias recentes, procurei por ela no tal site de relacionamentos. Estava lá, mas não quis visitar seu perfil (nem sei se está aberto). E hoje, por um instante, numa onda de pieguice, pensei em me manifestar e tentar retomar contato, apesar de não saber que tipo de pessoa ela se tornou depois de todos esses anos, e correr o risco de um belo não, bem dado (como parece, tenho alguns probleminhas com sentimentos de rejeição). Enfim, talvez eu faça isso, afinal já estou percebendo sinais de velhice mesmo, afinal, muitos dizem que quanto mais envelhecemos, mais serenos ficamos, e mais amolecidos também.
E talvez, mais carentes... Que droga!