terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ainda posso usar isto?

domingo, 11 de julho de 2010

Cinco minutos de retorno da inspiração.

Deixe-me sozinha
(canção triste para dias de inverno e ouvintes solitários) (Danielle Maldonado)

Deixe-me sozinha
Porque os anjos não cantam mais em meu quintal
Porque as margaridas perderam o seu tom
E a tristeza por aqui já se instalou
Redecorando as paredes do lugar

Deixe-me aqui
Atrapalhando a natureza em flor
Que tenta vicejar em meio ao temporal
Que os espinhos dentro do meu coração
Já encravaram-se causando imensa dor.

As borboletas já não voam mais aqui
Meu céu azul escureceu e se fechou
E vejo o tempo parado ,
no olhar de um beija flor
E que assim se vai

Deixe me aqui
Com todas essas coisas velhas, tristes e vãs
Que se atropelam e que correm feito irmãs
Da mesma solidão incauta em mim

Vai com o tempo,
foge com o vento,
plana e dispersa-se no ar
Minha alegria.
Que a esperança um dia,
Há de voltar.

Deixe-me sozinha....
deixe-me aqui...
deixe –me sozinha
até alguém me acordar.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

No mais, paredeira geral. Muitas ideias nos momentos em que estou no ônibus, na rua, .... em breve, posto um texto antigo, mas que irei reformular, graças a inspiração de uns dizeres de um amigo, intiulado: "Aquele moço do trem..."

segunda-feira, 29 de março de 2010

A mais bonita....


Minha querida.
Escrevo esta carta aqui por não ter onde e com quem falar. Já que talvez, neste momento a única forma de falar à você seja em pensamento, escrevo aqui, para que fique registrado.
Sinto muita saudade. Uma saudade tão grande, que ainda me faz chorar quando me lembro de você. Ontem foi domingo de ramos, e eu só me lembrei disso quando ouvi o rádio da vizinha transmitindo um cântico típico. E então meu coração ficou pequeno, de repente.Lembrei dos domingos de ramos nos quais você me levava à missa: carregando galhos de oliveira para que o padre benzesse, e que depois levávamos para casa, para protegê-la. Logo depois, me lembrei de todas as Páscoas de quando eu era criança, e da cestinha de doces e do coelhinho de chocolate que você nos dava ( a mim a aos meus primos) que me deixava contente, muito mais pelo gesto do que pelos doces... E lembrando disso disso tudo agora, não consigo parar de chorar. Não pelos tempos de criança que não voltam mais, mas por você, pela sua falta. Essa falta que não sei se um dia vou entender, se vou me acostumar. Sei que já fazem 7 meses que você foi para junto de Deus, mais ainda não consigo acreditar que quando eu voltar àquela casa, você não vai mais estar lá para me abraçar e sorrir quando eu chegar; que não vai mais me dizer aquelas coisas boas que só você sabia dizer, e que não vou mais poder ouvir sua voz, ou simplesmente ficar ao seu lado. O que me consola um pouco, é saber que você deve estar num ótimo lugar, por que você merece, pela grande mulher que foi. Mesmo assim, me desculpe, mas não consigo para de chorar ao lembrar, por que sinto saudade e você não está mais entre nós. Mesmo assim, obrigada, pois até em seu último adeus você me ensinou algo, este sentimento novo que eu não conhecia, mas que todos experimentam um dia: a perda.
Para terminar, gostaria de dizer que sempre me lembro de você e de seus ensinamentos, que vão me acompanhar a vida toda, e que você foi uma das pessoas mais maravilhosas que já conheci; que você me ensinou só coisas boas, me ensinou sobre amar e generodsidade, e que fico muito feliz e muito grata por ter convivido contigo por tantos anos, e por saber que sou um pouco de você.

Obrigada por tudo, Vovó Joaquininha. Você sempre estará em meu coração. Te amo. Danielle.

domingo, 7 de março de 2010

Várias coisas para relatar... mas nenhuma empolgação...
Depois de um aniversário sensacional! Com fotos que até agora não postei em lugar nenhum...
posts aqui só uma vez por mês... me perguntando se alguém lê as coisas que escrevo, olha pra isso daqui...
Voltei a trabalhar...

E apesar de tantos acontecimentos....
CONTINUO DE SACO CHEIO.

E detestando Lalilalândia , capital nacional do esterco, que ao invés de se expandir em pensamento junto com a expansão de seus bairros, prefere regredir, vestindo mais e mais a roupagem do que se pode tirar de pior do adjetivo "interiorano".

E eu, que sei entender e sei falar a respeito, com todos os meus porquês e argumentos muito bem embasados, justificados e apresentados, continuo sem ter o que fazer com isso e
CONTINUO DE SACO CHEIO!
É isso aí....

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Mais Velha...

Tenho agido de maneira piegas nos dias mais recentes. Talvez seja a idade chegando... que péssimo! Resmungar feito uma pessoa rançosa com muitas décadas nas costas e em todas as outras partes do corpo...
Fazendo uma limpeza, daquelas típicas de início de ano quando você joga coisas fora, encontrei um bilhete que ganhei de uma amiga no meu aniversário de 20 anos. É um susto pensar que isso foi há seis anos, mas foi muito compensador, encontrar aquelas palavras tão doces, num pedacinho de papel, que me deixou tão alegre. Poucas palavras de carinho me fizeram lembrar como já fui bonita. E não é por questões de passagem de tempo na aparência que digo isso, mas sim pelo meu comportamento. Nessas palavras, minha querida amiga me desejou bençãos divinas, mas não só isso, desejou que a luz que havia em mim continuasse a brilhar sempre, alegrando as pessoas em minha volta. (Aliás, obrigada Nauana. Sinto saudades de você.) Fiquei feliz pelo bilhete, do qual já nem me lembrava mais, mas aquilo fez eu me perguntar o quanto mudei nesses 6 anos... Acho que me tornei mais amarga e melancólica... As vezes, tenho desejos de ser aquela pessoa mais alegre e contagiante que já fui um dia, mas não encontro uma maneira..
Bem, ainda no clima de questões existencias, e comportamento piegas, outro dia fiz uma busca de horas, no Orkut, atrás de pessoas que foram minhas amigas, ou com as quais estudei ou tive contato, quando ainda morava no Rio Grande do Sul. Fiquei surpresa coma a aparência e o destino de algumas pessoas, mas o que mais me impressionou, foi o fato de eu mesma esquecer completamente o nome de algumas pessoas...!
Umas das pessoas que procurei para ver como estava depois de tanto tempo, for por causa de nostalgia mesmo... acho que foi a proximidade com meu aniversário, e o medo da frustração com o mesmo que me trouxeram este tipo de lembrança.
Ela, a Nathália, foi minha melhor amiga de infância. Convivemos durante a maior parte dos anos que morei em Marau (RS). Nos conhecemos quando eu tinha 9 anos, e desde então nos tornamos inseparáveis. Morávamos na mesma rua, quase de frente uma para a outra. Vivemos muitas coisas juntas e partilhamos vários segredos, até o dia em que uma prima meio que "roubou " minha amiga. Alguns incidentes depois, envolvendo interceptação de bilhetes (delas) e invasão de privacidade (a minha, no caso), acabaram com nossa amizade... (ah, estou dando muitos rodeios hoje!). Enfim, lembrei do último aniversário meu, em que ela me visitou.Eu completava treze anos, e me sentia triste e sozinha, porque tinha poucos amigos e queria celebrar, e estava sozinha. Pedi um bolo para minha mãe, e fiz alguns doces, na esperança de que alguém viesse me visitar. Não lembro muito bem daquele dia, mas me lembro de ter recebido a visita rápida de minha amiga, que parecia não ligar muito pra mim naquele dia, e já demonstrava sinais de que minha companhia não a empolgava mais...
Nessa história de comportamento piegas desses dias recentes, procurei por ela no tal site de relacionamentos. Estava lá, mas não quis visitar seu perfil (nem sei se está aberto). E hoje, por um instante, numa onda de pieguice, pensei em me manifestar e tentar retomar contato, apesar de não saber que tipo de pessoa ela se tornou depois de todos esses anos, e correr o risco de um belo não, bem dado (como parece, tenho alguns probleminhas com sentimentos de rejeição). Enfim, talvez eu faça isso, afinal já estou percebendo sinais de velhice mesmo, afinal, muitos dizem que quanto mais envelhecemos, mais serenos ficamos, e mais amolecidos também.
E talvez, mais carentes... Que droga!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

26

De férias, ouvindo Janis Joplin, ano novo, com ranços velhos...
A poucos dias de completar 26 anos. Prá varirar, me sentindo velha. Isso já acontece há alguns anos. A parte de sentir-me velha, não de ouvir, Janis Joplin, de férias.
Sempre que meu aniversário se aproxima fico mau humorada. Antigamente, eu ficava muito feliz, porque sempre adorei meu aniversário, afinal, sempre existem datas comemorativas, mas somente este dia é só meu, a comemoração é só minha. O problema é que nesta data o nível de frustração pode ser maior que em qualquer data do ano.Explico: desde criança, sempre tinha expectativas sobre o Meu Dia; contava sempre com um bolo e crianças para me fazer companhia. O problema é que, depois de uma certa idade, nem sempre isso acontecia, e eu ficava triste. Cersci com esta expectativa, sempre torcendo para ser feliz nesta data. E por muitas vezes me senti muito só, algumas até esquecida.
HOje em dia, sigo com a expectativa. Tenho tentado a cada ano esperar menos desta data, pois depois de alguns azares de calendário, já aprendi , que num país onde a maioria adora carnaval, não ir na mesma onda pode liquidar com as opções de diversão no dia do aniversário( o que nunca me deixou muito feliz). Talvez se eu me mudar para outro país isso mude...
bem, mas enquanto estou no Brasil, fico pensando, nesta data que tem sido uma nervosa expectativa. Porque os amigos que tenho por perto, geralmente estão sempre muito ocupados, ou tiram tiram férias esta época e viajam, ou então simplesmente não estão a fim de fazer aquele tipo de programa que quero fazer... e aí fico muito, muito triste. e de uns anos pra cá , tenho me sentido velha, a cada aniversário. Acredito que esta sensação começou a aumentar depois dos 20. 20!
Fico pensando agora, em meus sonhos, meus projetos de vida. Tudo parece confuso agora. Alguns são sonhos que tenho há muitos anos. E que agora tenho me perguntado, com medo, se tornar-se adulto é abrir mnão dos sonhos em nome de certas seguranças. E tornar-se uma velha frustrada, mas que aceita e vive a realidade, da melhor forma que pode ter...
Me incomoda demais a idéia de parar de brigar com a vida e aprender a aceitar o que ela me dá, aprender a ser feliz com que se PODE ter. Tenho medo do possível ser muito pouco para proporcionar felicidade.
E sigo assim agora, pensado, som um tom amargo. E me sentindo velha por dentro.
Ouvindo a musica agora, fiquei pensado: Janis Joplin morreu com 27 anos, no auge de sua carreira artística, conhecida e admirada no mundo inteiro.È de se pensar, que ela morreu muito jovem. Eu, que vou fazer 26 anos, não fiz nada muito importante na vida, artísticamente então, nem se fala... me sinto uma velha. E me pergunto, quando é que minhas coisas vão começar a acontecer...


Envelhecendo, ao som de Summertime, de Janis Joplin.

Saudades de meu frescor da adolescência pré 15 anos...