segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Padrões...

A vendedora padrão de roupas e sapatos:

Kit básico:

- Sandálias tipo anabela altíssimas, pretas (de preferência com etiqueta de metal no salto, atrás)

- Calça jeans apertada nas canelas, com detalhes em brilho nos bolsos de trás, de preferência da marca não tão famosa, mas que passa por "badalada";

- maquiagem completa, diariamente (nunca deixar o rosto como realmente é, à mostra);melhor se for daquela marca com N,assim como o perfume que usa.

- brincos de bijuteria barata, porém enormes(faz parecer que é chique)





- blusa de malha larga, que fica caída no ombro, deixando este de fora;

- calça de malha, estampada (que por mais feia que seja a estampa, é legal porque está na moda)

- blusinha regata lisa;


Visual:
maquiagem sempre bem visivel;

piercing no umbigo, ou no nariz, ou nos dois lugares;
tatuagem de flor ou estrelinha;

cabelos compridos lisos (de preferência por escova progressiva, e com uma cor que não é a natural), com franja (igual a da moça da novela)

vocábulário:
sempre usar o maior número de gírias possível, com vários erros de português (este último só é válido nos casos de estabelecimentos mais populares)


...... é claro que nunca fiz parte da maioria dos padrões....

domingo, 30 de novembro de 2008

Ode à cidadezinha

Em meio a tanto pó e mofo
Nos corredores das paredes de lembrranças sepultadas
Nas galerias das memórias agri-tristes
Um perfume que me leva
Carrega meu olhar até a saída

Quero sair dos porões do mundo
Ter em meu rosto, de volta,
as brumagens da realidade.

Minha pequena e frágil realidade
É bem maior e mais clara
Que estes porões estreitos
Com seus corredores desbotados
Pelo riso que se amarela na lembrança
Na ferrugem que corrói os arcos dourados das memórias juvenis,
que nem são tão juvenis assim.

Um lugar que se desbota a cada volta completa do sol
Com seus velhos jovens,
que celebram uma tradição defunta em sí
Sem entenderem porque tudo é assim.

Sob a tecnologia, uma ode ao arcaico
os velhos vivem muito
e a juventude dura pouco.

Salve, salve, a tradição arcaica.
Salve , salve, esta podridão hipócrita,
dos teus porões mofados, sem fim.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Em breve, em capítulos: "Em Terras de Lalilalândia"

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Salada de frutas

As várias utilidades da Maria Mole:

1º A textura da Maria Mole é quase idêntica a dos lábios de uma pessoa. (Mas sem o côco ralado por fora, óbvio!). Experimente beijar uma e veja que interessante!Se for treinar como é beijar alguém, a maria mole é melhor opção que uma laranja.

O que não quer dizer que eu tenha tentado alguma vez.



Que beleza não! Viva o Brasil!
O país que constrói um "moderníssimo" museu do futebol, enquanto parte de seu patrimônio histórico é vandalizado, e encontra-se quase em ruínas na região de Ouro Preto.

É isso aí, Brasil! Continue moderno!

Só um lembrete: o Modernismo foi coisa dos anos 50.

Dia Do Cachorro

- Vou levar aquele ossinho, aquele "short", e ... o que é aquilo mesmo?
- É um jogo para PlayDogstion
- Ah, legal. Vou levar um.
-Mais alguma coisa?
- Não. Ah! Faz um pacote bem bonito. Sabe como é, né, Dia do Cachorro.
Pegou os pacotes e saiu, aliviado de ter comprado os presentes a tempo.

No jantar comenta com os amigos:
- Puxa, quase que não deu tempo de comprar os presentes... o Vini ia ficar muito chateado. Eu não aguentaria aquela carinha de desapontamento.
- É mesmo. O irmão do Ti passou por isso no ano passado. Disse que foi de cortar o coração, olhar para a carinha do Duca quando chegou em casa de mãos abanando.
- É mesmo, Tiago?
- É sim cara.Olha, eu prefiro dar qualquer coisinha que seja, sei lá, uma roupinha nova, do que ter que ver a Drops chorar, né Si?!
-É mesmo, amorzinho.Acho que a Drops merece tudo de melhor que possamos dar!
- Vocês estão certos. Eu não pensaria duas vezes, se numa situação de crise tivesse que escolher: o Vini em primeiro lugar!
- Ai, o Ti sabe muito bem, que penso duas vezes antes de comprar algo pra mim, mas quando é para a Drops, sempre dou um jeito. E por falar nisso, vocês viram que gracinha a decoração nas lojas?
- Vi sim. Cada ano eles se superam. Tive a impressão de que este ano eles começaram a preparar os estoque ainda mais cedo que no ano passado?
- Claro qua não! A gente é que trabalha muito e quando vê, um ano já passou.
- Mas parece que este ano mal deu tempo de pagar o presente do Dia dos Tios e já anunciaram promoções para o Dia do Cachorro!
- O Rafa até pode estar certo. Lembra, Si, que nós compramos aquele caneca escrita "Para um Super Tio", num fim de semana no shoppingm e no outro já estávamos decidindo o presentinho deste ano para nossa Drops?
- Tem razão.
- E o quê vocês compraram Silvia?
- Uma dessas bonecas cadelinhas, que parecem filhotinho de verdade. A Drops queria tanto!
- É, ela choramingava com olhos "pidonchos" prá gente toda vez que passava o comercial na TV.E você Rafa, o que comprou?
- Um joguinho que o Vini já queria há muito tempo, um jogo pra PlayDogstion. Vale a pena só de ver a carinha dele de satisfação, mas me deixou meio quebrado.
- Muito caro?
- Não, é que logo vem outra data importante e meu dinheiro anda curto.
- Relaxa, cara! O importante é ser feliz, e isso acontece quando se dá um presentinho. E é claro que eu não quero deixar infeliz alguém próximo, só porque não comprei um presente, né.



Na saída do banco, Rafael pensa na fatura do cartão de crédito. E tem uma epifania: será que ele é feliz, naquele tipo de vida que leva? Como é realmente ser feliz?
Mas se esquece no momento seguinte, quando dá de cara com o anùncio da vitrine:"Faça feliz quem você tanto ama!O presente ideal para o Dia da Madrinha está aqui!".
Automaticamente satisfeito, ele entra na loja.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Da Alma das Coisas

Lá, tão pequena e envelhecida, esquecida, naquele canto frio e escuro.
Lá, pensando no que fazer com própria vida, agora que fora abandonada por todos, de vez.
Antes, ainda restava alguma esperança de poder fazer algo útil de sua vida. Pensava que ainda haveria algo a ser feito, alguma maneira de ajudar, alguma maneira de ainda ser útil aos outros.
Mas, neste momento, só lhe resta a solidão.
A solidão e a terrível idéia de que nunca mais alguém se lembre dela, que nunca mais alguém a veja, e pior: que sua existência seja esquecida, que se perca para sempre no escuro baú do tempo. Como se fosse apenas mais uma a passar por ali, e só.
Talvez permaneça mumificada ali.
Talvez dali a alguns anos alguém apareça para regatá-la...
Não, esta possibilidade parece já não existir mais.
Então ela espera, pensando em quanto tempo pode durar a eternidade... Ou, em quanto tempo pode durar uma casa...
Lá, pequena e indefesa.
A solitária e esquecida...
tesoura laranja.


Londrina, 06/08/07.

Um começo?


Em construção.
Breve um canal de esquisitices diretamente de um pseudo fim-de-mundo, do norte do Paraná.
Começando com "O Dia do Cachorro", ou não.

Bem, não é a toa que o blog tem um nome assim.
Inté.